terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Rally Dakar - Quem é quem na edição 2011

Competição começa dia 1º na ArgentinaRedação MotoX.com.br - Lucídio Arruda - fotos: Divulgação


Uma boa estrutura de apoio é fundamental na competição. A maioria das equipes usa caminhões com tração nas seis rodas.

Atualização em 28/12/2010 as 15:00h - Zé Hélio foi confirmado na equipe BMW no lugar do francês David Fretigne - Leia aqui a nota completa.


Zé Hélio está escalado como piloto substituto na BMW. Sua participação ainda é incerta.
O Rally Dakar terá sua terceira edição realizada na América do Sul. Na virada do ano 186 pilotos de moto partem para um percurso de 9500 km, sendo 5000 km de especiais cronometradas, a ser percorrido em 15 dias.

O trajeto deste ano parte e chega na capital argentina Buenos Aires. A rota atravessa o norte do país, desbrava o deserto chileno por cinco dias antes de voltar à Argentina e seguir para a linha de chegada no dia 15 de Janeiro.

Incrível como mesmo com a mudança de continente, a competição manteve a essência dos tempos africanos, descontando a instabilidade politica e falta de segurança histórica da região, que acabaram por transplantar uma das maiores aventuras modernas para a América do Sul.

Vamos conferir quais são as principais equipes e os favoritos no evento deste ano.

Team KTM


Cyril Despres e Ruben Faria  - foto: Jonty Edmunds

Marc Coma
Depois das desavenças com a organização do Rally por causa da limitação dos motores em 450cc (que entra em vigor nesta edição), a KTM deixou de participar oficialmente na competição. Deixou no papel, porquê na prática ainda manda seus melhores pilotos para a largada, apesar de que aquela equipe supernumerosa e praticamente imbatível já ser coisa do passado.

O time laranja vem com o espanhol Marc Coma e o francês Cyril Despres. Atualmente os dois maiores nomes da competição. Com 5 vitórias somadas, o placar está 3 a 2 a favor de Despres. Apesar de ambos competirem com KTM, estão com estruturas separadas. Coma compete pela KTM MRW e terá como escudeiro o conterrâneo Juan Pedrero Garcia. Despres terá ao seu lado o português Ruben Faria na defesa do título.

Ainda competindo com KTM, mas num esquema independente está o norueguês Paul Anders Allevalseter. Um nome que não podemos descartar, simplesmente o vice-campeão de 2010.

Team BMW Speedbrain


David Fregtine ainda é dúvida para a largada - foto: Francois Rophe


Frans Verhoeven foi o responsável pelo desenvolvimento da moto durante o ano. foto: Francois Rophe
A alemã vem disposta a fazer um bom estrago na competição. Deixou as competições de enduro a cargo da recém adquirida Husqvarna para concentrar a marca BMW no Rally. O time de peso vem captaneado pelo francês David Fretigne. Um capitão que ainda é duvida para a largada. Contundido, o experiênte piloto espera a liberação médica que só deve ocorrer às vesperas do início da competição. No caso de negativa por parte dos médicos, o reserva escalado pela marca alemã é o brasileiro José Hélio, que estreou na competição em 2009 com o 12º lugar.

Outro nome de peso na equipe é o experiente holandês Frans Verhoeven, responsável pelo desenvolvimento da moto ao longo do ano. Verhoeven não foi escolhido ao acaso, acumula inúmeras participações na competição e vitórias em especiais quando correu pela poderosa KTM. Completando o time os portugueses Paulo Gonçalves e Bianchi Prata. Enquanto Prata é oficialmente o piloto de apoio dos demais, Gonçalves acumula títulos de Motocross e Enduro na terrinha, e pode andar entre os primeiros se tudo der certo.

Yamaha Racing France


Helder Rodrigues rumo ao quarto lugar no Dakar 2010

Organizada pelo importador francês a principal equipe da Yamaha tem como representantes o português Helder Rodrigues, o espanhol Jordi Viladoms e o francês David Barrot. Helder, aos 31 anos de idade, é a principal esperança da marca japonesa. Foi campeão europeu de Enduro 2010, recentemente foi segundo colocado no Rally do Marrocos e 4º lugar no Dakar 2010.

Confirmando a boa fase do piloto: ele completou no pódio os quatro maiores eventos internacionais em que participou em 2010. Viladoms chegou a vencer um estágio no Dakar e seu melhor resultado no Rally foi um 7º lugar.

Team Honda Europe

Alexey Naumov


Mirjam Pol
O time formado pelo braço europeu de competições da Honda parece não ter muitas pretenções de brigar pela vitória. Entretanto é uma equipe muito bem estruturada que conta com o apoio de dois caminhões 6X6, duas Land Cruisers e mais dois buggies, todos preparados na Europa especialmente para a competição.

Como pilotos das motos os integrantes são o norte-americano Quinn Cody, o holandês Mirjam Pol, o russo Alexey Naumov, Vadim Pritulyak do Cazaquistão e Christopher Jarmuz da Polonia.

Como se vê é um time sem grandes estrelas do Rally, mas pode alçar bons resultados comendo pelas beiradas.

Team Giofil Aprilia


Francisco Lopez

Alex Zanotti
A marca italiana vem também com uma estrutura forte para a competição. Serão cinco pilotos oficiais liderados pelo chileno Francisco Lopez que tem a vantagem de correr em casa  e já subiu ao pódio (3º) em 2010 pela equipe.

Seu fiel escudeiro será o espanhol Gerard Farres Guell. O time conta ainda com o franco-congolês Alan Duclos que por vários anos foi um dos pilotos privados mais rápidos e completou a edição 2010 em 6º lugar.

O jovem espanhol Joan Barreda tem experiência no Enduro e Motocross e fortalece a equipe após vencer o Baja Espanha este ano.

Para fechar a equipe oficial o italiano Alex Zanotti que competirá com uma versão aliviada da bi-cilindrica Tuareg 4.5.

Além dos cinco pilotos oficiais a Aprilia prestará suporte a 8 pilotos privados com 10 mecânicos e três chefes, além de dois caminhões 6X6 e três camionetes 4X4.

Casteu Elf Sherco


David Casteu
O piloto francês David Casteu, campeão do Mundo de Rally Cross Country, tenta apagar a decepção da etapa passada do Dakar, quando ficou pelo meio do caminho. Vem num esquema solitário como único piloto oficial da Sherco, mas espera aproveitar na Argentina e Chile a fase vitoriosa no Campeonato Mundial.

Brasileiros


Vicente Benedictis completou o Dakar 2010 - foto: Maindru


Jean Azevedo
Apenas dois brasileiros estão confirmados na lista de inscritos: Jean Azevedo e Vicente de Benedicts. José Hélio chegou a anunciar sua participação em novembro pela equipe BMW, mas ao final das contas está escalado como substituto do francês David Fregtine, e só vai largar na ausência deste como já dissemos mais acima.

Jean Azevedo - Um dos mais experientes pilotos brasileiros conta ainda com a vivência adquirida por seu irmão André Azevedo, pioneiro brasileiro na competição ao lado de Klever Kolberg. Jean, que há dois anos vêm pilotando carros, surpreendeu com o anúncio de seu retorno às motos.

Compete pela equipe Petrobrás/Lubrax com o apoio da Pro Tork e, como de costume, pilotará uma KTM.

Vicente de Benedictis - O piloto integrará uma mega equipe argentina (LS2 Rally Team) que prestará apoio a nada menos que 55 pilotos de oito nacionalidades. Vicente vai correr com uma Honda e conta com o patrocínio de BR Motorsports - LS2, SIG Combibloc, Shefa, Reebok Sports Club, Pro Tork e Brasil Dakar.

Lista de inscritos
Pilote NomPilote PrénomNationalitéMarqueTeam
1ComaMarcEspagneKtmKtm Mrw Rally Factory Team
2DespresCyrilFranceKtmTeam Red Bull Ktm
3Lopez ContardoFranciscoChiliApriliaTeam Giofil Aprillia
4RodriguesHelderPortugalYamahaYamaha Racing France Ipone Tmn Redbull
5CasteuDavidFranceShercoCasteu Elf Sherco
6UllevalseterPål AndersNorvegeKtmTeam Scandinavia
7StreetJonahEtats-unisXJonah Street
8ViladomsJordiEspagneYamahaTeam Yamaha Racing France Ipone
9PainOlivierFranceYamaha
10Pedrero GarciaJuanEspagneKtmKtm Mrw Rally Factory Team
11FariaRubenPortugalKtmTeam Red Bull Ktm
12FretigneDavidFranceBmw"bmw Motorrad By Speedbrain"
13PrzygonskiKubaPologneKtmOrlen Team
14DuclosAlainFranceApriliaTeam Giofil Aprillia
15CodyQuinn AlexisEtats-unisHondaTeam Honda Europe
16VerhoevenFransPays-basBmw"bmw Motorrad By Speedbrain"
17GonçalvesPauloPortugalBmw"bmw Motorrad By Speedbrain"
18Farres GuellGerardEspagneApriliaTeam Giofil Aprillia
19BoanoIvanItalieBetaTeam Beta Boano Rally Sport
20PisanoMichaelFranceHondaMecasystem
21CzachorJacekPologneKtmOrlen Team
22BerglundThomasSuedeHusabergTeam Scandinavia
23EsquirolCyrilFranceHondaAssociation Enfance & Lumieres
24StanovnikMiranSlovenieKtmInotherm Racing
25SvitkoStefanSlovaquieKtmHant Logomotion
26BethysThierryFranceHondaAssociation Enfance & Lumieres
27ZanottiAlessandroSaint-marinApriliaTeam Giofil Aprillia
28KnuimanHenkPays-basKtm
29PellicerJose ManuelEspagneYamaha
31LazardLaurentUruguayKtmOff Road Uruguay
32Bianchi PrataPedroPortugalBmw"bmw Motorrad By Speedbrain"
33AzevedoJeanBresilKtmPetrobras Lubrax
34NapoliGiulioItalieBetaTeam Beta Boano Rally Sport
35BarrotDavidFranceYamahaTeam Yamaha Racing France Ipone
36VerhoestraeteFrankCongoApriliaTeam Giofil Aprillia
37VisserTeusPays-basKtmPro Dakar
38JarmuzKrzysztofPologneHondaTeam Honda Europe
39Guasch FontMarcEspagneYamahaMarc Guasch Font
40ProhensFelipeChiliHondaHermanos Prohens Rally Team
41ProhensJaimeChiliHonda
42Arcarons ArmenterasJordiEspagneHondaArcarons Rally Sport Tour
43JakesIvanSlovaquieKtmKm Racing Team
44Sanz Pla-gilibertEulaliaEspagneHondaArcarons Rally Sport Tour
45GyenesEmanuelRoumanieKtm
46Puertas HerreraMiguelEspagneKtmEquipo Combat
47DabrowskiMarekPologneKtmOrlen Team
48LiefhebberHans-josPays-basKtm
49BolleroRodolfoArgentineYamahaLos Peraltes Racing Team
50SerradoriMathieuFranceBetaMecasystem
51PaveySimonAustralieBmw
52PritulyakVadymUkraineHondaTeam Honda Europe
53RodriguezClaudioChiliHondaTamarugal Xc Rally Team
54De GrootR.m.n.j.Pays-basYamaha
55MerkitKemalTurquieKtmTurkish Team Kemal Merkit
56SeelAnnieSuedeKtm Super RocketMeca System-sweden Challenge
57PizzolitoJavierArgentineHondaHonda Racing Argentina
58PolMirjam Gesina MariaPays-basHondaTeam Honda Europe
59PabiskaDavidRep. TchequeYamahaKm Racing Team
60Barreda BortJoanEspagneApriliaTeam Giofil Aprillia
61SaghmeisterGaborSerbieKtmOpel Dakar Team
62CiottiFilippoItalieRieju
63BusinPabloArgentineYamaha
64Peñate MuñozPedro ManuelEspagneKtmValsebike Canarias
66MenardJean-christopheFranceYamahaHfp
67CalifanoChristianFranceKtm
68VeselyJanRep. TchequeYamahaCzech Dakar Team
69PayenHugoFranceKtm
70PascualPablo OscarArgentineJincheng
71GiannettiSilviaItalieKtmMaremma Riders
72MugnaioliFabrizioItalieKtmMaremma Riders
73AlanEduardoArgentineKtmPampa Racing
74ArredondoFranciscoGuatemalaKtmTeam Guatemala
75BonnetPierrickFranceKtmTeam Dessoude
76Da CostaBrunoFranceYamaha
77CoetSébastienFranceYamahaTeam Hfp
78CaveliusPhilippeFranceKtm 690 RRacing Bike 57
79MckendrickJohnChiliYamahaFuerza Chile
80ButuzaMarcelRoumanieKtm
81SuWenminChineJincheng
82GuindaniVincentFranceYamahaHfp Yamaha
83PiccoFrancoItalieYamahaFranco Picco Racing
84ZuffettiCarloItalieYamahaFranco Picco Racing
85Cid De La PazPabloArgentineBetaBeta Oficial
86BoundsCraigRoyaume-uniYamaha
87De BenedictisVicenteBresilHonda
88CucurachiEnnioItalieKtmEuropeanisteam
89CabiniAntonioItalieYamahaCabini Racing
90DiguietGillesFranceKtmEvette-dakar
91WaldschmidtIngoNamibieKtmMemo Tours
92JuncoAndresArgentineKtmAj Rally Team
93CusumanoGuidoItalieYamahaFranco Picco Racing
94De BoisThomasPays-basHusabergPro Dakar
95GabariHariteMarocYamaha
96ManaClaudioItalieApriliaOutlaw Racing Team
97OrfanosVasilisGreceApriliaVom Racing Team
98BouchetPascalFranceKtm
99BeltramiFrancescoItalieKtmOutlaw Racing Team
100MeierChristinaAllemagneShercoCrocoaventures
101TampaxisSimonBelgiqueShercoCrocoaventures
102StevensonIainAfrique Du SudKtm
103BodingerRonnieSuedeHusabergTeam Scandinavia
104CarmignaniDanieleItalieHondaAsd Adeventure Team
105Segarra AlmagroJairoEspagneKtmIpdc-coves-cosaor
106PederzoliClaudioItalieYamaha
107LambertucciLucasArgentineYamahaLambertucci Competicion
108Tamm PleschAndresChiliKtmVina Tamm
109GianniStefaniItalieYamahaFranco Picco Racing
110Vander KooyJacobPays-basKtmMemo Tours
111OliveiraPedroPortugalYamahaDakarteck
112GuyomarchYannickFranceKtmPompier De Paris Casques D'argent
113SmithJacobAustralieHondaGhr Honda
114PalaciosJosephFranceKtmMc Sud Dakar
115RobertChristopheFranceHonda
116TheuriotHervéFranceKtm
117DavidsonMarkAustralieHondaGhr Honda
118RincónDavidEspagneBmwRally De Luxe
119PulentaEduardoArgentineYamahaPulenta Edu
120Van Der BeekWouterPays-basApriliaFlevodakarteam
121StrangeWarrenAustralieHondaGhr Honda
122PalanteEricBelgiqueHondaPalante - Roadbook.be
123MatoskaRadekSlovaquieKtmHant Logomotion
124VegaEdgardoArgentineHondaPatagonia Rally Raid
125SanchezHugo MarceloArgentineKawasakiTeam Palau Rpm Kawasaki
126NaumovAlekseyRussieHondaTeam Honda Europe
127SteinhoffAlainFranceKtmRacing Bike 57
128BonnardelPatrickFranceKtmMecasystem
129KofmanErikPays-basApriliaFlevodakarteam
130BarronJacquesPerouKtmTeam Peru Dakar
131Fernandez DiegoJavierUruguayYamahaUruguay Rally Team
132MorenoLucas GustavoArgentineKawasakiTeam Palau Rpm Kawasaki
133Caballero AlcayagaRodrigo AndresChiliKtmCaballero Racing Team
134MeffreLaurentFranceKtmTeam Africa - Lm Adventure
135ScottAndrewAustralieHondaViva Oz Mexicana Team
136DialloMame LessSenegalKtmTeam Africa - Lm Adventure
137KroonEvertPays-basKtmPro Dakar
138IllanesRodrigoChiliHondaTarapaca Rally Team
139RosaJoaoPortugalYamahaYamaha Portugal-jvo Racing
140MunkJesDanemarkAprilia
141GeoffroyChristopheFranceHondaBelgian Rhinoceros Team
142TaraborelliFabianArgentineKtm 690 RTaraborelli Racing Team
143SchröderDanielAllemagneKtmPs-laser Racing Team
144HerzelFernandoArgentineYamahaJvo Racing
146Gimeno GarciaAntonioEspagneApriliaAprilia Trymax
147PattiRobertoArgentineYamaha
148GouëtDanielChiliHondaHonda Racing Motofaxtory
149HanBaohuaChineJincheng
150BelausteguiLuisArgentineKtmFreedom 64 Ktm
153DemelchoriJavierArgentineYamaha
154VellutinoCarloPerouKtm
155SmithEstebanChiliKtmSmith Rally Team
156GomezJorgeEspagneBmwVemotor Canarias
157VetterliLeoSuisseBmw
158García DomínguezJoseEspagneBmw
159HintenausAlbertAfrique Du SudKtm
160LejeuneJean PierreBelgiqueAprilia
161DemelchoriDiegoArgentineKawasakiRpm Kawasaki
162AndresBenavente VioChiliHusquarnaFuerza Chile
163PoucetFrançoisFranceKtm
164OliveiraRuiPortugalYamahaDakarteck
165MotaFaustoPortugalYamahaDakarteck
166StanfieldMichaelEtats-unisKtmFreedom 64 Ktm
167Casale CatracchiaIgnacio NicolasChiliYamahaCasale Racing
168CenniYoannFranceYamahaMxyo
169ChiviteIgnacioEspagneBultaco
170Martinez BoeroJorge AndresArgentineBeta
171Mauricio JavierGomezArgentineYamahaPaco Gomez
172MerloDanielArgentineJvo
173MorganJeniferRoyaume-uniYamaha
174PeñalvaGonzaloArgentineYamahaSportsman
175PetroneSergio MiguelArgentineBetaMison Ezeiza Dakar
176SalvatierraJuan CarlosBolivieHonda
177PieriniPabloArgentineKtm 690 R
179CopelloEduardo HectorArgentineYamahaAgo-md Rally Raid Team
180SulemEmmanuelFranceKtmEmmanuel Sulem
181HarslettSimonAustralieHondaGhr Honda
182EllensOrlandoPays-basHondaMemo Tours
183Javier AlejandroGil MercadoArgentineYamaha
184SantosMarcelo JoseArgentineHondaAms-honda
185BarberyJuan JoseArgentineBetaMotomax-helmet Rally Team
186RodriguezPabloArgentineHondaHonda Racing Argentina

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Honda CBR 250R

Nova Honda CBR 250R: Primeiras fotos
Material do dia 27 Outubro 2010

Honda-CBR-250R.jpg (580×283)

Faltando apenas uma semana para o início da feira EICMA de Milão, a Honda liberou as primeiras fotos dessa nova moto, a CBR 250R, a nova rival da Kawasaki Ninja 250R e da Hyosung GT-R 250, aqui no Brasil chamada de Kasinski Comet GT-R 250.

Esta esportiva mantém as mesmas linhas das já apresentadas CBR de 125 e 150 cilindradas, uma mescla de VFR e Fireblade.

O motor é um monocilíndrico de 249,4cc e 4 tempos, 4 válvulas e comando DOHC e refrigeração líquida alimentado por sistema de injeção eletrônica PGM-Fi que é capaz de entregar a potência máxima de 26,4 CV a 8.500 rpm.

Com 162 quilos de peso e torque máximo de 22,9 Nm será a nova opção para aqueles que buscam sensações esportivas sem um grande desembolso. A suspensão dianteira conta com garfo telescópico de 37 mm e a traseira será do tipo pro-link monoamortecida, freio dianteio a disco de 296 mm e chassis de dupla viga de aço.

A moto contará com um painel de instrumentos digital multi-função que incluirá velocímetro, hodômetro, indicador de temperatura do motor, indicador de gasolina multi-segmento e hodômetro parcial.

As cores que serão ofertadas serão uma "tricolor", uma totalmente em preto, uma em vermelho e outra em grafite. Uma versão dotada com sistema C-ABS de freios também será comercializada.

A CBR 250R chegará às concessionárias Honda europeias a partir do 1o trimestre de 2011. A produção será feita na unidade da Tailândia e a ideia é exportar para os mercados da Ásia, Europa, América do Norte e Austrália. A produção na unidade da Índia começará no 2o trimestre de 2011 visando aquele mercado e, também, a América do Sul, mas é difícil que venha para o Brasil.


Ficha Técnica:

Comprimento: 2.035 mm
Largura: 720 mm
Altura: 1.125 mm
Altura do assento: 780 mm
Peso (seco): 161 Kg (STD) / 165 Kg (ABS)
Motor> Monocilíndrico, referigerado por líquido, 4 tempos, 4 válvulas, DOHC 
Cilindrada: 249,4 cc
Diâmetro x Curso: 76 mm × 55 mm
Taxa de compressão: 10,7:1
Alimentação: injeção PGM-FI
Partida: Elétrica
Tanque de combustível: 13 litros
Câmbio: 6 velocidades
Pneus: 110/70-17M/C e 140/70-17M/C
Freio dianteiro: Disco
Freio traseiro: Disco
Suspensão dianteira: Garfo Telescópico
Suspensão traseira: Pró-link
Quadro: tipo diamante
ID_45_11_Honda_CBR250R_RedSil_Det2.jpg (500×378)02honda-cbr250.jpg (800×600)03honda-cbr250.jpg (800×855)05honda-cbr250.jpg (800×811)04honda-cbr250.jpg (800×577)01honda-cbr250.jpg (800×600)


Xre de trilha

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De Honda XRE 300 numa trilha ?




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A 6ª edição da Trilha das Grota aconteceu em Glorinha (RS) no domingo, 29 de agosto, sob a organização do grupo Soca Trilha, e foi um estrondoso sucesso de público e trilheiros inscritos, com mais de 600 participantes.

A equipe Sobremotos chegou no CTG Sentinela do Rio Grande no sábado (28) para estacionar seu motor home com total equipamento de som e microfones, pois iria ser a responsável pela sonorização e locução de todo o evento, além de fazer a cobertura fotográfica e jornalística dos acontecimentos. Uma equipe de cinco pessoas foi deslocada para fotografar e narrar a grande festa que se esperava, e acabou sendo mesmo.

Para capturar alguns dos melhores flagrantes dos pilotos no trajeto, uma Honda XRE 300 foi gentilmente cedida pela Valecross, rede com 12 concessionárias espalhadas por várias cidades do RS, especialmente para a equipe Sobremotos.

É certo que esta moto não foi concebida para uma trilha, afinal seus pneus são mais direcionados para uso em estradas e ruas e a intenção nem era esta, a idéia era se posicionar em algum ponto de controle para fotografar pequenos trechos próximos, os quais seriam alcançados a pé mesmo. A moto deveria apenas se deslocar por meio de estradas rurais, esburacadas, um pouco enlameadas, mas nada demais.

O colunista e piloto de motovelocidade, Jaime Nazário, se paramentou para executar este trabalho e, acompanhado por alguns integrantes da organização, foi conduzido por uma via paralela à trilha até o primeiro ponto. Já neste primeiro trecho, a aventura se descortinava, pois os guias eram trilheiros experientes e, num trecho de estrada rural de chão batido e saibro, para eles era o mesmo que andar numa estrada plana, apesar das muitas “panelas”, costeletas, lombas, barro e pedras, o ritmo era forte e os pilotos estavam acelerando o que as motos podiam dar. “De cara, já fui colocado no fogo. Tive de relembrar e executar tudo o que aprendi sobre –motard-, competição mista de terra e asfalto, na qual fui o terceiro colocado no Campeonato Gaúcho de 2008, para poder acompanhar os guias e não ficar para trás, para não me perder e não passar vergonha. A dificuldade já começou grande, pois os pneus da XRE não foram concebidos para este tipo de pavimento e escorregavam bastante, apesar e tê-los murchado um pouco para ganhar mais aderência. Na obrigação, acelerei forte e o motor da XRE 300 não decepcionou, empurrando muito, de tal forma que consegui chegar junto com os guias no primeiro posto”, comentou Jaime Nazário.

“Já fiz uma trilha”, brincou Jaime com um dos guias na chegada ao primeiro posto. Como resposta, uma risada curta já prenunciava que aquilo não tinha sido absolutamente nada e que a verdadeira trilha ainda estava por vir.

Naquele trecho já era possível vislumbrar o que estava sendo a trilha. Muitas motos, aproximadamente umas 30, já tinham quebrado nos primeiros quilômetros e as que continuavam já estavam cheias de barro.

Para tirar mais fotos, Jaime pediu que um dos guias o acompanhasse até o segundo posto, mas todos tiveram que prestar assistência para os pilotos que chegavam para transpor a subida de um morro, onde o barro quase não permitia que as motos tracionassem.

Por conta disto, um dos organizadores indicou o caminho para se chegar até o segundo posto, o problema é que ele não considerou que o objetivo de Jaime era ir por um trecho menos “acidentado” apenas para tirar fotos. O caminho que foi indicado era o do segundo trecho da trilha com aproximadamente dez quilômetros. Jaime partiu sem nem imaginar o que estava por vir.

O primeiro quilômetro sugeria que era por ali mesmo o caminho, estrada “normal” de uma área rural, mas esta via foi gradativamente se estreitando, estreitando, até que virou uma pequena trilha de gado. Mais ou menos uns dois quilômetros tinham sido percorridos até então. “Deve ser um atalho e o segundo ponto de parada deve estar logo à frente”, pensou Jaime. Ledo engano.

Seguindo em frente, a trilha de gado foi sendo cercado por mata fechada dos dois lados, de tal forma que não era mais possível manobrar e retornar. “Deve faltar pouco”, pensou novamente Jaime.

Num dado momento, a fatídica e temerária dúvida se confirmava. A trilha de gado acabara, e isto não era o pior, em seguida tinha uma enorme descida de morro. Àquela altura, só havia um caminho a seguir, em frente, e lá foi Jaime.

A descida foi cada vez ficando mais difícil, mais barro, mais pedras, mais estreita, mais íngrime. Num determinado momento Jaime pensou, “pelo amor de Deus, nem um cabrito montanhês passa por aqui, como vou passar com a XRE?”

Nesse momento, começaram a chegar trilheiros e Jaime, agora “oficialmente” dentro da trilha, não podia parar, manobrar e voltar e ainda tinha um monte de “alucinados” querendo seguir em frente. O jeito era encarar o “monstro”.

Mas o morro parecia não parar de descer e a situação era dramática. Mesmo trilheiros mais experientes estavam caindo no chão. Jaime levou uns cinco tombos, em baixa velocidade, pois mal dava pra se deslocar entre tanto barro e pedras, nem se machucou nem danificou a moto, a qual, aliás, foi extremamente guerreira. A única coisa que Jaime lamentava era que ela não era o modelo dotado de ABS, pois, naquelas circunstâncias, seria um recurso muito útil.

Atolando e ajudando outros a desatolarem e erguer motos, Jaime e vários trilheiros conseguiram chegar ao segundo posto, isto depois de quase duas horas para avançar apenas menos de oito quilômetros. Visualizar o segundo posto próximo foi como uma benção e um alívio. Exausto, tudo o que Jaime queria era sair daquele verdadeiro inferno.

No segundo posto, uma grande, mas uma grande mesmo, quantidade de motos havia quebrado, aproximadamente umas cem motos não conseguiram passar do segundo ponto. Todas foram levadas sobre um caminhão até o ponto de largada. Não bastassem as motos quebradas, uma grande leva de pilotos também abandonaria a 6ª Trilha das Grota ali mesmo, sem mais condições físicas de prosseguir, assim como Jaime.

Passado o pavor de ter de enfrentar um território desconhecido e absolutamente inóspito, ficava a satisfação de ter conseguido vencer os desafios impostos pela natureza inteiro e sem quebrar nada na moto.

Algum tempo depois, mais tranqüilo, embora ainda bem cansado, era uma alegria só poder contar para os amigos a aventura passada. A sensação de pavor reinante dentro da mata agora era de orgulho por ter saído vencedor, mesmo que em apenas um pequeno trecho.

O motociclismo é assim mesmo, tem inúmeras facetas, todas, quando vivenciadas com responsabilidade, são excitantes, prazeirosas e gratificantes. Na 6ª Trilha das Grota, Jaime Nazário pode conhecer “de dentro” como é a adrenalina de vencer barro, pedras, mato, buracos e morros. Sentir o odor das flores de laranjeira recém floridas, ver inúmeras e belíssimas orquídeas, bromélias e tantas outras flores, estar não só em contato, mas fazendo parte, ainda que “alienígena”, da natureza. Só quem é verdadeiramente do motociclismo pode entender tais sensações. Todos da equipe Sobremotos ficaram muito gratificados de poder participar desta aventura e poder retratá-la de muito perto para que todos os leitores possam ter, pelo menos, uma pequena noção do que aconteceu de bom neste grande evento.

Quanto à XRE? Excepcional! Obviamente ela não tem a resposta de uma Gás Gás, a força de uma CRF ou a manobrabilidade de uma YZF, mas também não faz feio. Mesmo mais pesada e com suspensão muito macia, o seu motor entrega muita força em baixos regimes de giro e isto possibilita que a moto se apresente confiante para superar lama pesada ou subidas muito inclinadas. Já escrevemos que ela é uma verdadeira sucessora da saudosa “Sahara”, e é mesmo! Não teme aventura. Pode não ser tão “off-road” quanto à antiga Tornado, nem tão estradeira quanto à antiga Falcon, mas dá conta muito bem de atender às duas formas de uso em que estas boas motos que lhe sucederam criaram boa reputação.





A 6ª edição da Trilha das Grota aconteceu em Glorinha (RS) no domingo, 29 de agosto, sob a organização do grupo Soca Trilha, e foi um estrondoso sucesso de público e trilheiros inscritos, com mais de 600 participantes.

A equipe Sobremotos chegou no CTG Sentinela do Rio Grande no sábado (28) para estacionar seu motor home com total equipamento de som e microfones, pois iria ser a responsável pela sonorização e locução de todo o evento, além de fazer a cobertura fotográfica e jornalística dos acontecimentos. Uma equipe de cinco pessoas foi deslocada para fotografar e narrar a grande festa que se esperava, e acabou sendo mesmo.

Para capturar alguns dos melhores flagrantes dos pilotos no trajeto, uma Honda XRE 300 foi gentilmente cedida pela Valecross, rede com 12 concessionárias espalhadas por várias cidades do RS, especialmente para a equipe Sobremotos.

É certo que esta moto não foi concebida para uma trilha, afinal seus pneus são mais direcionados para uso em estradas e ruas e a intenção nem era esta, a idéia era se posicionar em algum ponto de controle para fotografar pequenos trechos próximos, os quais seriam alcançados a pé mesmo. A moto deveria apenas se deslocar por meio de estradas rurais, esburacadas, um pouco enlameadas, mas nada demais.

O colunista e piloto de motovelocidade, Jaime Nazário, se paramentou para executar este trabalho e, acompanhado por alguns integrantes da organização, foi conduzido por uma via paralela à trilha até o primeiro ponto. Já neste primeiro trecho, a aventura se descortinava, pois os guias eram trilheiros experientes e, num trecho de estrada rural de chão batido e saibro, para eles era o mesmo que andar numa estrada plana, apesar das muitas “panelas”, costeletas, lombas, barro e pedras, o ritmo era forte e os pilotos estavam acelerando o que as motos podiam dar. “De cara, já fui colocado no fogo. Tive de relembrar e executar tudo o que aprendi sobre –motard-, competição mista de terra e asfalto, na qual fui o terceiro colocado no Campeonato Gaúcho de 2008, para poder acompanhar os guias e não ficar para trás, para não me perder e não passar vergonha. A dificuldade já começou grande, pois os pneus da XRE não foram concebidos para este tipo de pavimento e escorregavam bastante, apesar e tê-los murchado um pouco para ganhar mais aderência. Na obrigação, acelerei forte e o motor da XRE 300 não decepcionou, empurrando muito, de tal forma que consegui chegar junto com os guias no primeiro posto”, comentou Jaime Nazário.

“Já fiz uma trilha”, brincou Jaime com um dos guias na chegada ao primeiro posto. Como resposta, uma risada curta já prenunciava que aquilo não tinha sido absolutamente nada e que a verdadeira trilha ainda estava por vir.

Naquele trecho já era possível vislumbrar o que estava sendo a trilha. Muitas motos, aproximadamente umas 30, já tinham quebrado nos primeiros quilômetros e as que continuavam já estavam cheias de barro.

Para tirar mais fotos, Jaime pediu que um dos guias o acompanhasse até o segundo posto, mas todos tiveram que prestar assistência para os pilotos que chegavam para transpor a subida de um morro, onde o barro quase não permitia que as motos tracionassem.

Por conta disto, um dos organizadores indicou o caminho para se chegar até o segundo posto, o problema é que ele não considerou que o objetivo de Jaime era ir por um trecho menos “acidentado” apenas para tirar fotos. O caminho que foi indicado era o do segundo trecho da trilha com aproximadamente dez quilômetros. Jaime partiu sem nem imaginar o que estava por vir.

O primeiro quilômetro sugeria que era por ali mesmo o caminho, estrada “normal” de uma área rural, mas esta via foi gradativamente se estreitando, estreitando, até que virou uma pequena trilha de gado. Mais ou menos uns dois quilômetros tinham sido percorridos até então. “Deve ser um atalho e o segundo ponto de parada deve estar logo à frente”, pensou Jaime. Ledo engano.

Seguindo em frente, a trilha de gado foi sendo cercado por mata fechada dos dois lados, de tal forma que não era mais possível manobrar e retornar. “Deve faltar pouco”, pensou novamente Jaime.

Num dado momento, a fatídica e temerária dúvida se confirmava. A trilha de gado acabara, e isto não era o pior, em seguida tinha uma enorme descida de morro. Àquela altura, só havia um caminho a seguir, em frente, e lá foi Jaime.

A descida foi cada vez ficando mais difícil, mais barro, mais pedras, mais estreita, mais íngrime. Num determinado momento Jaime pensou, “pelo amor de Deus, nem um cabrito montanhês passa por aqui, como vou passar com a XRE?”

Nesse momento, começaram a chegar trilheiros e Jaime, agora “oficialmente” dentro da trilha, não podia parar, manobrar e voltar e ainda tinha um monte de “alucinados” querendo seguir em frente. O jeito era encarar o “monstro”.

Mas o morro parecia não parar de descer e a situação era dramática. Mesmo trilheiros mais experientes estavam caindo no chão. Jaime levou uns cinco tombos, em baixa velocidade, pois mal dava pra se deslocar entre tanto barro e pedras, nem se machucou nem danificou a moto, a qual, aliás, foi extremamente guerreira. A única coisa que Jaime lamentava era que ela não era o modelo dotado de ABS, pois, naquelas circunstâncias, seria um recurso muito útil.

Atolando e ajudando outros a desatolarem e erguer motos, Jaime e vários trilheiros conseguiram chegar ao segundo posto, isto depois de quase duas horas para avançar apenas menos de oito quilômetros. Visualizar o segundo posto próximo foi como uma benção e um alívio. Exausto, tudo o que Jaime queria era sair daquele verdadeiro inferno.

No segundo posto, uma grande, mas uma grande mesmo, quantidade de motos havia quebrado, aproximadamente umas cem motos não conseguiram passar do segundo ponto. Todas foram levadas sobre um caminhão até o ponto de largada. Não bastassem as motos quebradas, uma grande leva de pilotos também abandonaria a 6ª Trilha das Grota ali mesmo, sem mais condições físicas de prosseguir, assim como Jaime.

Passado o pavor de ter de enfrentar um território desconhecido e absolutamente inóspito, ficava a satisfação de ter conseguido vencer os desafios impostos pela natureza inteiro e sem quebrar nada na moto.

Algum tempo depois, mais tranqüilo, embora ainda bem cansado, era uma alegria só poder contar para os amigos a aventura passada. A sensação de pavor reinante dentro da mata agora era de orgulho por ter saído vencedor, mesmo que em apenas um pequeno trecho.

O motociclismo é assim mesmo, tem inúmeras facetas, todas, quando vivenciadas com responsabilidade, são excitantes, prazeirosas e gratificantes. Na 6ª Trilha das Grota, Jaime Nazário pode conhecer “de dentro” como é a adrenalina de vencer barro, pedras, mato, buracos e morros. Sentir o odor das flores de laranjeira recém floridas, ver inúmeras e belíssimas orquídeas, bromélias e tantas outras flores, estar não só em contato, mas fazendo parte, ainda que “alienígena”, da natureza. Só quem é verdadeiramente do motociclismo pode entender tais sensações. Todos da equipe Sobremotos ficaram muito gratificados de poder participar desta aventura e poder retratá-la de muito perto para que todos os leitores possam ter, pelo menos, uma pequena noção do que aconteceu de bom neste grande evento.

Quanto à XRE? Excepcional! Obviamente ela não tem a resposta de uma Gás Gás, a força de uma CRF ou a manobrabilidade de uma YZF, mas também não faz feio. Mesmo mais pesada e com suspensão muito macia, o seu motor entrega muita força em baixos regimes de giro e isto possibilita que a moto se apresente confiante para superar lama pesada ou subidas muito inclinadas. Já escrevemos que ela é uma verdadeira sucessora da saudosa “Sahara”, e é mesmo! Não teme aventura. Pode não ser tão “off-road” quanto à antiga Tornado, nem tão estradeira quanto à antiga Falcon, mas dá conta muito bem de atender às duas formas de uso em que estas boas motos que lhe sucederam criaram boa reputação.









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ó a concorrente ai 

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Yamaha Lander encara nova Honda XRE 300

Yamaha Lander XTZ 250 e Honda XRE 300 são as principais concorrentes no segmento de motos trail de média capacidade cúbica. Não são pequenas como as 125/150 cm³ e nem grandes e caras como as de 600 cm³. Ambas têm a proposta de serem motos de uso misto, ou seja, saem-se bem tanto no asfalto como na terra. E nenhuma delas foi projetada especificamente para o fora de estrada. Aliás, há algum tempo, as motos de uso misto têm se tornado mais “on” do que “off-road”.

A própria XTZ 250 Lander, lançada em 2006, era menos off-road que a sua então concorrente Honda XR 250 Tornado. A posição de pilotagem, o banco mais confortável, balança traseira em aço, entre outros itens de seu projeto denunciavam que a trail da Yamaha chegava para atender aqueles motociclistas que querem ter uma moto para usar na cidade e, nos finais de semana, dar aquela esticada até o sítio e encarar uma estrada de terra -- o mesmo comportamento de motoristas que procuram carros como Fiat Palio Weekend Adventure, Volkswagen CrossFox ou Citroën C3 XTR, conhecidos como aventureiros. Mesmo assim, a XTZ 250 ainda manteve o design dos modelos fora-de-estrada.
  • Gustavo Epifanio/Infomoto
    Honda XRE 300 (esq.) oferece mais conforto, mas Yamaha XTZ 250 tem melhor maneabilidade
A Honda XRE 300 foi apresentada em 2009 para substituir Tornado e Falcon em uma tacada só. Os engenheiros da Honda perceberam que os trilheiros que usavam a Tornado em enduros haviam migrado para a CRF 230F e, como a Falcon não atenderia o Promot 3 (atual marco regulatório para emissão de poluentes), criaram uma moto assumidamente de uso misto, deixando um pouco de lado sua vocação off-road. Para isso, aumentaram a capacidade cúbica do motor para 300 cm³, adotaram injeção eletrônica, e equiparam a XRE 300 com o tão pedido freio a disco na traseira. Além disso, apostaram em um design mais aventureiro, com o polêmico “bico de pato” que já havia sido utilizado pela BMW na F 650 GS e pela Suzuki na DR 800. Ainda dotaram a nova XRE de um largo e confortável banco em dois níveis, bagageiro de série e tanque de 12,4 litros, que davam a ela credenciais para encarar viagens mais longas.

Por se tratar de um projeto mais novo, a XRE 300 traz mais evidente a tendência das motos trail ficarem mais “dentro da estrada” do que fora dela. Porém, ambas oferecem suspensões de longo curso, rodas de 21 polegadas na dianteira, pneus de uso misto (aliás, as duas saem de fábrica com os Metzeler Enduro 3, porém em medidas diferentes). Juntamente com a posição de pilotagem bastante ereta e natural, com um guidão aberto, XRE 300 e XTZ 250 encaram bem uma estrada de terra, alguma lama, mas encalham em trilhas.
LANDER x XRE
Gustavo Epifanio/Infomoto
VEJA O ÁLBUM DE FOTOS
DESEMPENHO
A primeira diferença entre XRE 300 e Lander 250 é óbvia: a capacidade cúbica do motor. Com comando duplo no cabeçote, refrigeração a ar com radiador de óleo e 291,6 cm³ de capacidade, o motor de um cilindro da Honda oferece 26,1 cavalos de potência máxima a 7.500 rpm. Já a Yamaha tem comando simples, refrigeração a ar também com radiador de óleo e 250 cm³ de capacidade, o monocilíndrico da Lander produz 20,1 cavalos a 8.000 rpm. Apesar da potência declarada pelas empresas ser tão diferente, a velocidade final de ambas não é tão díspar como se poderia imaginar: ambas chegam a 130 km/h sem esgoelar, com uma leve vantagem para a XRE 300.

Mas o que importa é como ambas chegam até lá. Com o torque de 2,81 kgfm a 6.000 rpm melhor aproveitado pelo câmbio de cinco marchas, a XRE 300 demonstra mais fôlego e uma aceleração mais vigorosa -- apesar disso, cobra um pouco pelo ruído excessivo produzido pelo motor. Nessa situação de aceleração, os 2,09 kgfm de torque máximo a 6.500 rpm dão a impressão que a moto da Yamaha é, de fato, um pouco mais lenta. Por outro lado, seu motor apresenta um funcionamento menos ruidoso.

Vale dizer que a diferença de desempenho não chega a ser um fator decisivo na hora da compra. Ou seja, não espere que a XRE 300 seja um “foguete” perto da XTZ 250, porque não é.

A adoção da injeção eletrônica na linha 300 cm³ também contribuiu para acabar com a fama de beberrão do motor Honda. Durante o teste a XRE 300 rodou 28 km com um litro de gasolina -- em uso na cidade, estrada e na terra --, enquanto a Lander teve média de consumo de 28,5 km/litro.

Uma diferença mais perceptível é a agilidade dos dois modelos. Apesar de ambos terem rodas de 21 polegadas na dianteira e 18, na traseira, e usarem o mesmo modelo de pneu, as medidas são diferentes. Enquanto a XRE 300 usa um pneu dianteiro 90/90-21, portanto com 90 mm de largura, a Lander tem um pneu mais estreito (80/90-21), que se reflete em mais agilidade nas mudanças de direção. O menor peso da Yamaha -- 132 kg a seco contra os 144,5 kg da XRE -- também contribui para deixar a Lander mais ágil.

INSTRUMENTOS E ACESSÓRIOSAlém do desempenho e consumo, outros fatores têm de ser levados em conta. A Lander, desde seu lançamento, traz um completo painel multifuncional de leitura digital. A Honda também caprichou no painel da XRE 300, que na extinta Tornado já era digital e agora traz conta-giros e marcador de combustível.
  • Gustavo Epifanio/Infomoto
    Versáteis, Yamaha e Honda encaram o trânsito na cidade e trilhas leves de vez em quando
Destaque também para o potente farol da XRE 300 com lâmpada de 55 Watts. No modelo Yamaha, a lâmpada do farol é de apenas 35 Watts que, apesar do bom trabalho do refletor, fica devendo se comparado com a Honda. Porém, a fábrica ficou devendo o útil lampejador de farol na XRE, item de série na Lander.

Por outro lado, a Honda instalou um belo e também útil bagageiro de série na XRE 300. Na Lander o item é vendido como acessório opcional.

PREÇO
O quesito preço não ficou por último por acaso. Além de pesar bastante na hora de decidir qual das duas trails comprar, a diferença entre elas é grande. Enquanto a Yamaha XTZ 250 Lander, ano/modelo 2010, está sendo comercializada por R$ 12.000 nas concessionárias da marca na capital paulista, a Honda XRE 300 versão standard (sem freios ABS) está sendo vendida em média por R$ 13.600. Uma diferença de mais de 10%, que pode pesar bastante na hora da decisão.

Pois mesmo que a XRE 300 tenha o status de novidade, rodas e balança em alumínio e motor um pouco mais potente, a grande diferença de preço não se justifica na hora do uso. O desempenho não é tão superior e o design, apesar de me agradar, é polêmico e muitos torcem o nariz.

Quando lançou a XTZ 250 Lander, a Yamaha superou a Tornado com um modelo mais moderno, dotado de injeção eletrônica, enfim uma moto de uso misto mais de acordo com a tendência do mercado. A Honda agora dá o troco com a XRE 300: uma moto superior, ainda de acordo com a proposta mais on do que off-road, que a Lander. Tem motor mais potente, bom consumo, banco confortável, que dão vantagem ao modelo Honda. Porém a diferença de preço pesa e muito a favor do modelo Yamaha. (por Arthur Caldeira) 

FICHA TÉCNICA

Honda XRE 300 Yamaha XTZ 250 Lander
Monocilíndrico, 291,6cm³, quatro tempos, quatro válvulas, duplo comando no cabeçote (DOHC) e arrefecido a ar com radiador de óleo.MotorMonocilíndrico, 249 cm³, quatro tempos, duas válvulas, comando simples no cabeçote (OHC) e arrefecido a ar com radiador de óleo.
26,1 cv a 7.500 rpm.Potência20,7 cv a 8.000 rpm.
2,81 kgfm a 6.000 rpm.Torque2,09 kgfm a 6.500 rpm.
79,0 x 59,5 mm.
Taxa de compressão: 9,0:1.
Diâmetro
e curso
74 x 58 mm;
Taxa de compressão: 9,8:1.
Injeção eletrônica de combustível. Ignição eletrônica.AlimentaçãoInjeção eletrônica de combustível. Ignição Eletrônica.
Cinco marchas com embreagem multidisco em banho de óleo.CâmbioCinco marchas com embreagem multidisco em banho de óleo.
Dianteira com garfo telescópico com 245 mm de curso; traseira monoamortecida com 225 mm de curso.SuspensãoDianteira com garfo telescópico com 240 mm de curso; traseira monoamortecida com 220 mm de curso.
Dianteiro com disco simples de 256 mm de diâmetro e pinças de dois pistões; traseiro com disco simples de 220 mm de diâmetro e pinça de pistão simples.FreiosDianteiro a disco simples de 245 mm de diâmetro e pinça de dois pistões; traseiro a disco simples de 203 mm de diâmetro e pinça de pistão simples.
90/90–21M/C (54S) e traseiro 120/80–18M/C (62S).Pneus e rodasDianteiro 80/90–21M/C (54S); traseiro 120/80–18M/C (62S).
Berço semiduplo.QuadroBerço semiduplo.
2.171 mm x 830 mm x 1.181 mm (C x L x A); 1.417 mm (entre-eixos); 860 mm (altura do assento); 259 mm (altura mínima do solo).Dimensões2.125 mm x 830 mm x 1.180 mm (C x L x A); 1.390 mm (entre-eixos); 875 mm (altura do assento); 245 mm (altura mínima do solo).
12,4 litros (2,3 l de reserva).Tanque11 litros.
144,5 kg.Peso a seco132 kg.